Episódio em Genebra, Suíça

Ao lado da Mestra

Narrado pela irmã iniciada Lu, Yi, Taipei, Formosa.
Gravado e escrito pelo Grupo de Notícias de Taipei, Formosa.


Antes da recente turnê de palestras pela Europa, foi realizada a exposição das coleções de "jóias celestiais" da Mestra na Suíça. A Mestra chegou para a exposição um dia antes do agendado, sem assistentes, e chamou a pessoa de contato assim que deixava o aeroporto em direção ao hotel. Incidentalmente a irmã Lu e seu esposo haviam chegado ao hotel com a pessoa de contato para encontrar com a Mestra. Logo após a chegada deles, um táxi parou com uma única passageira no assento traseiro. Era a Mestra! Acompanhando a irmã Lu, seu esposo e a pessoa de contato se aproximaram da Mestra para cumprimentá-La e constataram que Ela estava de bom humor. A Mestra saudou-os com alegria e disse à pessoa de contato: "Irmã, o serviço de táxi foi excelente. Gostaria de oferecer ao motorista uma boa gorjeta. Acha que isso é suficiente?" A Suíça tem uma taxa fixa para a gorjeta, e a Mestra queria estar certa de que não estava oferecendo muito pouco. A pessoa de contato respondeu: "Mestra, é exatamente a quantia certa." E a Mestra prontamente disse: "Ah! Então não pode ficar assim. Seu serviço foi muito bom. Não posso pagar-lhe apenas o valor da tabela. Ele merece mais!" De imediato, Ela pediu à irmã para que alcançasse o táxi, a fim de entregar uma quantia maior ao motorista.
Enquanto a Mestra descarregava Sua bagagem, a irmã Lu pensava se devia carregá-la ou não para o apartamento reservado. Enquanto ela hesitava, a Mestra já havia ido para o estacionamento e entrado no carro. Ao dar partida, a Mestra rapidamente abriu a janela e disse: "Ei! Não só leve minha bagagem para o quarto, mas, por favor, abra-a e ajude-me a arrumar as coisas".
A irmã Lu ficou surpreendida por Ela ter lido sua mente hesitante. No aposento, Lu dispôs-se a organizar os objetos pessoais da Mestra. Entretanto, assim que abriu a maleta, ela arregalou os olhos, com espanto. Segundo a Mestra, Ela havia preparado Sua bagagem em apenas dez minutos, abarrotando a mala, e por isso tudo estaria em desordem. Entretanto, o que a irmã via não era o que esperava. Os objetos pessoais da Mestra estavam cuidadosamente bem arrumados. Os cosméticos, as roupas, os calçados, cada coisa estava em seu devido lugar. E a Mestra dissera que havia apenas jogado as coisas dentro da mala! Lu ficou admirada, pois não poderia ter feito melhor, mesmo se lhe fossem dadas algumas horas, o esposo da irmã Lu foi iniciado no ano passado e ainda não tinha idéia do que era esperado dele como assistente, então, simplesmente seguia as instruções da Mestra. Vendo-o parado de pé, a Mestra ofereceu um assento próximo a Ela. Depois de um tempo, perguntou se ele não estava com sede. O irmão concordou com um movimento de cabeça, então a Mestra serviu-lhe um copo de água. Ela confessou que estava com fome, pois não havia provado nada no avião. Perguntou se ele também estava com fome, e então, de uma maneira muito natural, a Mestra pegou uma fatia de pão, passou geléia, embrulhou num guardanapo e ofereceu para o irmão. Ela parecia estar dizendo: - "Eu estou com fome e você deve estar também, não é mesmo?" Logo o irmão notou que a Mestra, quando está com alguém, atende-o com tanta concentração que ele se sente como se fosse a única pessoa que Ela ama no mundo. Este amor que vem do Seu coração é absolutamente natural e despretensioso.
Mais tarde, mais de uma dúzia de companheiros praticantes vieram para o hotel ver a Mestra. Naquela hora, Ela estava descansando em Seu aposento, mas quando os discípulos chegaram, Ela veio encontrá-los. É claro que a felicidade dos discípulos era indescritível. Com as mãos para trás, a Mestra sorriu e perguntou: "Vocês estiveram pensando por que eu não estava aqui?" Os discípulos anuíram com a cabeça e a Mestra sorriu. "Não é de estranhar que estava me sentindo tão intranqüila no meu quarto. Vocês estavam me pressionando com seus pensamentos. Não tive escolha senão vir rapidamente". Enquanto conversava, ela mostrou a caixa de bombons que trazia escondida atrás, e ofereceu-os a todos os presentes. Enquanto os discípulos saboreavam o amor da Mestra, Ela segredou que gostaria de ser uma turista comum por metade do dia, uma vez que tinha chegado mais cedo. Perguntou se alguém gostaria de acompanhá-la a um castelo antigo mais próximo. Óbvio que esse convite era irrecusável, e os iniciados prepararam-se para o passeio.
Um irmão iniciado encarregado de ser o motorista da Mestra, acabava de alugar uma limusine de uma locadora de carros. Aguardando a chegada da Mestra para o dia seguinte, ele pensou em alugar um dia antes para que fosse lavado, completamente limpo e as capas dos assentos trocados. Entretanto, ficou agradavelmente surpreso quando o gerente da locadora disse: "Nós temos um Mercedes Benz novíssimo que acaba de ser liberado da alfândega. Ainda está no contêiner. Você pode usá-lo se quiser". O irmão ficou surpreso por que as locadoras raramente oferecem carros que acabam de adquirir aos seus clientes, muito menos aqueles que nunca foram usados. Provavelmente, Deus se compadeceu da Mestra devido a Suas árduas tarefas, e providenciou-Lhe um veículo novo. Embora o irmão não soubesse que a Mestra já tivesse chegado, levou a nova limusine para o hotel, esperando estar pronto para dar as boas vindas à Mestra, no dia seguinte. Pouco depois, ele percebeu que havia trazido o carro no tempo exato.
Quando mostramos a limosine tinindo de novo para a Mestra no estacionamento do hotel, a Sua face ficou radiante de surpresa e deleite. Parecia uma criança de candura inocente diante de um brinquedo fantástico. Perguntou-me: "Este carro é para mim?" O irmão que Lhe serviria de motorista respondeu: "Sim Mestra". Ela estava totalmente encantada. "Ótimo! Este carro é tão maravilhoso que eu mesma vou dirigir". Com sua figura tão delicada no banco de motorista, parecia que a limusine estava movendo sem ninguém no volante. Vários discípulos europeus tiveram a grande sorte em viajar nesse veículo, enquanto outros foram com seus próprios carros para o castelo.
A Mestra estacionou em frente ao castelo, tirou os sapatos e caminhou de pés descalços por uma vereda. "Andar descalço é bom para a saúde", Ela recomendou. Os discípulos acompanharam-na, e ficaram encantados com o belo panorama. De repente a Mestra virou-se e notando uma máquina fotográfica nas mãos da irmã Lu, disse sorridente: "Por que não tiramos algumas fotos desta paisagem magnífica? Deixe-me ser como uma desses turistas japoneses que tiram fotos de todos os lugares que passam". 
Então, a irmã Lu começou a tirar fotos da Mestra e dos companheiros praticantes. Como sua câmera era uma automática muito simples, às vezes era difícil conseguir um bom ângulo como se consegue com uma máquina profissional. Muitas vezes precisou de fazer "ginástica" para fazer com que todos apareçam na foto. Vendo a irmã Lu, um tanto fortinha, encostada no muro do castelo, a Mestra ficou preocupada: "Cuidado! Não vá cair". ''Não se preocupe, Mestra, sou bem estável para cair". Ouvindo sua resposta, a Mestra, bem humorada, comentou: "Nesse caso, tome cuidado para não destruir o muro do castelo, sentando-se nele".
Depois de uma boa caminhada, a Mestra sentiu sede e perguntou se alguém havia trazido água. Uma irmã aulacesa disse que havia água mineral no carro da Úrsula, uma das pessoas de contato, e a irmã Lu quis voltar para pegar a água, mas a Mestra impediu-a, dizendo: "Eu não estou tão sedenta, não há necessidade de você ir buscar água só para mim. Posso beber mais tarde."
Quando o grupo estava deixando o castelo, depois de um agradável passeio, irmã Lu se lembrou de que a Mestra estava com sede e providenciou uma garrafa de água mineral para Ela. Embora, nessa hora, uma assistente já Lhe tivesse oferecido água e aplacada Sua sede, a Mestra, vendo a irmã Lu com a garrafa de água em suas mãos, perguntou se era para Ela, e obtendo a resposta afirmativa, disse carinhosamente: "Eu quero beber da sua garrafa". Abriu-a, tomou um pouco e tampou-a novamente para que os discípulos pudessem dividir a água restante. Irmã Lu achou que a Mestra foi muito atenciosa, demonstrando seu reconhecimento ao beber da água que ela Lhe trouxera.
No dia seguinte, a Mestra foi para a casa de um discípulo alemão para tratar de alguns assuntos. Quando viu na cozinha a irmã Lu e uma pessoa de contato fatiando pimentões muito vagarosamente, Ela riu: "Vocês estão fazendo muito devagar. Deixe-me cortá-los. As duas irmãs ficaram pasmadas quando viram a Mestra fatiar de forma tão rápida e precisa com a destreza de um chef profissional. As fatias ficaram prontas num instante. Notando o olhar atônito da irmã Lu, a Mestra perguntou: "Por que vocês estão tão surpresas? Não imaginavam que eu sabia cozinhar?" Irmã Lu respondeu: "Realmente eu pensava que não". Com uma risada, a Mestra revelou que era uma ótima cozinheira, apenas não dispunha mais de tempo. 
O esposo da irmã Liu não era um iniciado, embora esteja sempre pronto para trabalhar para a Mestra e para o Centro local. Aqui na Suíça, ele estava novamente auxiliando na viagem da Mestra. Preocupado com o risco de a Mestra não poder contar com um veículo para Seu uso, limpou o carro dele e trocou os revestimentos de couro dos assentos por tecidos novos e mais confortáveis. Um dia, quando a Mestra estava fazendo uma refeição com alguns discípulos, a irmã Liu comentou que seu marido era muito bom para ela e adora cooperar com o trabalho da Mestra, porém só uma coisa a incomodava: ele não queria receber a iniciação. Ela estava angustiada pela idéia de que não estaria se dedicando o suficiente à prática espiritual, a ponto de convencê-lo a ser iniciado.
Os olhos da Mestra ficaram vermelhos de ternura ao ouvir as palavras de frustração e de desesperança da irmã. "Estou muito emocionada em saber que seu marido a ama tanto. Não sabe como é difícil encontrar uma pessoa tão amorosa? Se ele a ama, é tão bom como se me amasse. Quanto mais a ama, mais me ama também. A iniciação não é importante, o amor precioso dele é mais importante. Por que se importar se ele é iniciado ou não?". À medida que a Mestra falava, as lágrimas rolavam pela Sua face. O ambiente tornou-se um pouco triste. "Minhas lágrimas estragaram minha maquiagem, preciso retocá-la. Continuem vocês!". Disse a Mestra, e deixou a sala.
Os discípulos continuaram a conversa. Depois de um tempo a Mestra retornou e disse: "Ouvi a risada de vocês do toilete e me senti bem. Vocês sabiam que suas alegrias são contagiantes? Não importa quão distante estejamos, estaremos sempre unidos. Sinto-me feliz quando vocês estão felizes, e triste, quando estão tristes. Por isso espero que vocês estejam sempre felizes, pois somente quando vocês estão felizes é que a minha felicidade será plena."
Numa outra ocasião, as irmãs Lu e Liu trouxeram um café da manhã para a Mestra, porém, quando chegaram, a Mestra já havia pedido do hotel. "Talvez este café não seja mais necessário", pensou irmã Lu. "Como é esse café? Você tem alguma coisa especial para mim? "perguntou a Mestra". Os dois cafés são mais ou menos iguais, exceto que nós temos uma garrafa de chá japonês que o hotel não oferece. A Mestra ficou desapontada: "Eu queria um café da manhã ao estilo chinês, estava imaginando se vocês me trariam algum congee. De qualquer forma, tudo bem". 
"É tarde demais para preparar congee agora. Nós vamos trazê-lo amanhã" - respondeu a irmã Liu. "Não tem importância. Foi só uma idéia que me ocorreu agora. Pode ser que amanhã não o queira", disse a Mestra. "Muitas vezes, as coisas se tornam desnecessárias quando não vêm no tempo certo. Mesmo se vocês trouxerem congee amanhã, talvez não me apeteça mais".
Assim comentando, a Mestra convidou as irmãs para tomar café com Ela. Já que não havia dois assentos, elas se ajoelharam ao lado da cama. Mas a Mestra não se sentia bem ao vê-las tomando café daquela maneira. "Por favor, não se ajoelhem, peguem uma cadeira", disse a Mestra, apontando para uma cadeira
empilhados. A irmã Lu respondeu: "Não, obrigada Mestra. Se eu mexer em Seus documentos, pode não os encontrar mais tarde". Então a Mestra ergueu a colcha de Sua cama e disse: "Tudo bem, sentem-se aqui enquanto tomam café". "Ah, não, Mestra! " "Por que não ? O que pode acontecer com vocês se sentarem aqui por um instante? Vocês não vão morrer amanhã". "Nós não temos medo de morrer, estamos preocupadas que Você não consiga dormir depois de nós sentarmos na Sua cama, por que não somos suficientemente boas na meditação e cultivo espiritual".
A Mestra suspirou em resposta. "Honestamente, para mim não importa se o seu campo magnético é bom ou não. Não me importa se suas vibrações são ruins. O que realmente me preocupa é sua mente; é sua mente que nos separa. Temo travar uma batalha com sua mente". Na verdade, é a nossa mente que ergueu uma enorme parede que impede a comunicação interna entre nós e a Mestra. É devido à nossa mente enganosa que nos faz pensar que não merecemos o amor da Mestra. Para a Mestra não importa o que aconteça, somos sempre Seus filhos mais amados. Na realidade, para Ela, não era importante que tipo de café lhe havia preparado; foi apenas uma oportunidade para abrandar as nossas mentes endurecidas. Graças às bênçãos recebidas pela proximidade com a Mestra durante a viagem pela Suíça, a irmã Lu mudou sua opinião sobre a Mestra. Através de assuntos corriqueiros e insignificantes, ela sentiu profundamente a sublime qualidade interior e o infinito amor da Mestra.